O tempo e a palmada!!

Acabo de ver um vídeo triste, postado no facebook. A cena é a de uma mãe em fúria, tentando "educar" o filho pequeno na base do grito e chinelada. O vídeo é forte e me colocou para pensar sobre qual a forma correta de colocar limite, de educar e de ensinar o que é certo e o que é errado aos nossos filhos??
Muitas vezes eu perco a paciência em falar dez vezes a mesma coisa, que o meu filho por exemplo não pode/deve se jogar no chão para conseguir o que quer, isso é algo que me tira do sério...
Por outro lado, a criança pequena esta testando todos os limites, inclusive a paciência dos pais para saber o que pode ou não.
Aqui em casa, tento mudar o foco quando percebo que a intenção de Gabriel naquela situação é testar o meu extremo, prefiro mostrar algo diferente do que ele estava querendo e pronto, num piscar de olhos ele esquece a "birra" que estava prestes a cometer.
Já apliquei algumas vezes o "castigo" para pensar no que fez, funcionou bem em algumas situações, em outras nem tanto.
Uma coisa é certa e me convenço disso cada vez mais, a melhor forma de educar uma criança é com muito amor, uma boa conversa e tempo...
Tenha tempo para seus filhos, isso é fundamental para uma boa educação!

Dormindo sozinho...

Gabriel tem exatos 2 anos, 9 meses e 15 dias. Pois bem, perto de completar 3 anos, decidimos (mais Diogo do que eu) que era chegado o momento dele aprender a dormir, sem que eu, o pai ou a babá precisasse ficar do lado dele esperando ele adormecer. Amanhã faz uma semana que ele aceitou o desafio do pai e dormiu sozinho... Fico me perguntando se não é cedo para isso? Se ele ainda precisa de mim ali, do ladinho dele... E ele, sempre me surpreende com uma segurança e maturidade incrível.
Hoje não foi diferente. Cheguei do trabalho, joguei bola, brinquei de comer de mentira, de comer de verdade, vi um pouco de pocoyo e escutei todas as histórias do dia e novidades (hoje ele começou a ter aula de música, mas isso eu conto em outro post).
Pouco depois das 21h, o pai disse que estava na hora de dormir. Ele pediu para fazer o próprio leite (ele adora fazer o "gagau") e foi para o quarto com aquela ideia de colocar ele para dormir (difícil aceitar que ele cresce tão rápido). Segue o diálogo:

Eu: filho, a mamãe te ama, ta?
Ele: ta, mãe! Eu também te amo, mamãe!
Eu: você vai assistir blue, filho? (me referindo ao filme Rio, que ele adora!)
Ele: vou mãe!
Eu: boa noite! Te amo! (E antes que eu me sentasse do lado dele...)
Ele: mãe, não senta aí que eu vou dormir sozinho, tá?!

Saí do quarto com a certeza que ele tá crescendo muito rápido, mas que cada dia me enche de orgulho!

Dois anos depois...

Resolvi retomar esse espaço!
Buscando algo para escrever em um novo blog, li um pouco esse aqui e vi o quanto é legal depois de um tempo você ter acesso ao que aconteceu tempos atrás... vou tentar voltar aqui para escrever ao menos uma vez por semana e quem sabe assim, lá em 2045, Gabriel possa ter acesso ao que acontecia nesse nosso mundinho aqui!!

O tema de hoje vai ser: Como continuar o trabalho após um apelo de um pequeno de férias?

Eu: Oi filho, tudo bem?
Ele: Oi, mamãe. Tudo bem!
Eu: Brincou muito hoje?
Ele: foi mãe!
Eu: Queres ir dar um passeio na praça com Ailza (a babá) e ir no pula-pula de lá?
Ele: Quero não, mãe. Quero que tu venha na nossa casa para me dar um abraço e fazer carneirinho em mim!!
Eu: Mas filho, a mamãe está no trabalho e não consegue ir agora. Quando eu chegar a noite, eu brinco com você. Vá passear com Ailza!
Ele: Não mamãe, quero tu venha aqui em casa me dar abraço e fazer carneirinho... entra na porta agora, mamãe. Beijo, xau!!

Correu para a porta e pediu para a babá abrir que a mamãe estava chegando...

Eu, do outro lado da linha, distante 10km, quase morrendo... desligo o telefone, um pouco desconcertada, volto o olhar perdido para o computador e continuo o trabalho, com uma dor no peito, é bem verdade...

A primeira febre!!

Ontém Gabriel foi tomar as vacinas referente ao segundo mês de vida. Ao todo foram 4, duas de gotinha e duas injetáveis. Até hoje não tinha tido coragem de entrar com ele, esse era sempre o papel do pai. Ontém, após tentar 5 postos de vacinação, conseguimos vaciná-lo no Hospital Agamenon Magalhães. Acontece, que enquanto Diogo estacionava o carro, chegou a vez de Gabriel... Haja coração de mãe!! Tive até dor de barriga. Gabriel, como sempre, me surpreendeu... praticamente não chorou.
A noite, como era de se esperar, vieram os sintomas de reação a uma das vacinas: febre, molesa e dor na perna. O pequeno ficou bem quietinho, com um choro baixo e bem quentinho... queria aqueles sintomas para mim apenas para livrá-lo do desconforto. Como isso não é possível e como ele terá que viver muitas outras "febres" na vida, me restou mimar, cuidar, dar beijo e fazer muito carinho a noite inteira.
Hoje, ele ainda estava esquentado e molinho... mesmo assim, brincou comigo e em um determinado momento, ainda com febre e dor, me deu esse lindo sorriso!!! :)

1 mês de vida!!

Dia 14 de Maio o pequeno completou um mês. Isso aconteceu no último Sábado. Para mostrar que estava bem vivo na minha vida, ele acordou às 4hs da manhã e não dormiu mais. Dei peito, troquei fralda, ninei, fiz de tudo e Gabriel simplesmente decidiu que não ia mais dormir. Às 6:30hs da matina, resolvi passear com ele no carrinho na praça de Casa Forte. Em um minuto de caminhada ele já dormia como um anjinho. Fui até a feirinha de orgânico com ele para escutar de uma senhora com uns 70 anos que ele era muito pequeno, que deveria estar em casa, que ele podia gripar, que eu era uma irresponsável e terminou com a frase: "Que mãe louca!!". Hahaha... nunca vou esquecer disso, como também nunca vou esquecer o dia que meu pequeno fez um mês.


Há um mês a minha vida mudou e apesar do cansaço, do desconforto de acordar de madrugada, do peito machucado, do choro insistente... faz um mês que sou muito mais feliz. E mais, faz um mês que sou uma pessoa melhor. Em apenas um mês Gabriel me ensinou a ser mais tolerante, a olhar mais para os outros, a criticar menos, a amar mais, a ser mais paciente e a entender mais o sentido da vida.
Para comemorar a data, a vovó Ana fez uma festinha bem legal. Tudo colorido, primos e tios reunidos e o pequeno aqui conosco. Pequeno, mas que conseguiu preencher totalmente o meu coração. Obrigada filho!!

Meu primeiro dia das MÃES...

Há exatos 24 dias, eu acordo de uma maneira diferente... abro bem os olhos, procuro o meu pequeno, verifico se ele está bem, na temperatura adequada, deitado de maneira confortável, dou um beijinho e um sorriso... que delícia que é ser mãe!!! Como estou realizada, plena e feliz!!!

Tenho uma mãe MARAVILHOSA, dedicada, cuidadosa e muito presente. Sempre foi assim... trabalhava os dois expedientes, mas estava lá em todas as festinhas da escola, nas apresentações do ballet, estudando quando as notas estavam vermelhas e dando colo e alisado sempre que preciso... até hoje é assim... acho que por isso que tenho segurança na minha vida, nas minhas escolhas e em mim. O dia de hoje também é dela, a minha mãe!!!

Hoje, o almoço do dia das mães não foi na casa da minha mãe... foi na minha casa... Uma delícia de almoço, todos aqui, comemorando de forma contínua a chegada de Gabriel.
Estou vivendo uma fase sublime, uma fase de amor puro, sem cobranças... assim será sempre o meu amor pelo meu pequeno... um amor eterno, constante, que me deixa com os batimentos acelerados só de pensar que algo não vai bem com ele... como eu estou apaixonada...
Hoje cedo, meu maridão me deu meu presente... adorei!! Quando a minha mãe chegou, ganhei outro presente (nem consegui sair para comprar o dela)... mas o meu maior e melhor presente chegou mês passado, com nome e sobrenome... presente que só tenho a agradecer... à Deus, aos anjos, a vida, aos meus pais que me colocaram no mundo e ao meu maridão...

GABRIEL CARNEIRO DE ALBUQUERQUE ANDRADE - esse é meu melhor presente... o maior de todos e que trouxe mais vida à minha vida!!!

Parabéns a todas as mamães, especialmente às apaixonadas pela sua cria, assim como eu!!!

14 de Abril de 2011 - O dia que mudou para sempre a minha vida!!

Hoje Gabriel faz 3 semanas e eu gostaria de ter vindo aqui há alguns dias, contar um pouco a incrível aventura em ser mãe; só agora consegui!!
Sempre gostei de crianças, sempre imaginei o dia em que teria o meu bebê nos meus braços... mas nada que eu pensei chegava perto da incrível sensação de ser mãe.


O incrível dia foi 14/04/11 e o horário preciso foi 17:40hs. Em tão pouco tempo o bebê chegou aos meus braços. E como quem reconhece o cheiro e a voz de quem deu a vida aquele ser desde o dia que era apenas um saco gestacional, Gabriel me tocou e se acalmou como quem tinha certeza de que ali ele estava seguro.

A partir daquele exato momento, já não conseguia imaginar a minha vida sem aquele meninão. Uma sensação mágica, inexplicável e impossível de sentir de outra forma além da maternidade. Claro que tambem teve a insegurança, o medo de não conseguir dar conta, de não saber educar para o bem... mas o alívio de sentir a segurança do marido e de toda a família por perto sempre me ajudou, desde o primeiro instante.


Gabriel nasceu com 50cm e 3,460kg. Um meninão, com cabelos pretos, lisos e fartos... o olhar do pai, o nariz, o queixo e a boca da mãe. Diogo assistiu tudo de perto e inclusive cortou o cordão umbilical do pequeno.


A familia inteira estava presente, a ansiedade de todos para o pequenino chegar no quarto era tamanha que ninguem arredava o pé do hospital. De tanta gente no quarto, a neonatal não liberou a ida de Gabriel para o apartamento, só quando acalmasse o ambiente. :)


Dois dias no hospital e o meninão e a mamãe aqui receberam alta. Era um Sábado e a família inteira resolveu vir para a nossa casa. Nem parecia que havia um recém nascido em casa, tamanha bagunça e barulho... era uma verdadeira festa em comemoração a chegada de Gabriel.


Claro que Gabriel decidiu trocar o dia pela noite e isso foi bem desgastante para mim e para Diogo, que no dia seguinte tinha que receber novas visitas... e foi assim durante a primeira semana de vida do pequeno. Nós que fazíamos tudo, optamos por não ter babá. Eu dei o primeiro banho, mas o segundo já foi Diogo. Incrível como ele me surpreendeu fazendo absolutamente tudo com o pequeno.

Eu, que sempre tive o desejo de amamentar, lutava dia e noite para suportar a dor de peitos dilacerados, a constante insistência de alguns que o meu leite não estava suficiente e a chatice de outros que insistiam que eu desse leite de vaca para meu filho. Nisso, Dra. Amenaide me ajudou bastante para lutar com todas as minhas forças para continuar na arte de amamentar.

Uma semana após o pequeno estar nos nossos braços, um resultado de bilirrubina alterado e o bebê precisou voltar ao hospital para ficar interno. Foram 05 dias de terror... ele chorava muito, ficava irritado com o óculos e com a touca e muito inseguro e com muito medo do berço... Ele era furado todos os dias, não queria ficar no biliberço... Chorava ele, eu e Diogo. Foi um horror esses dias no hospital, tinha muito medo que ele piorasse, mas graças a Deus, as orações, a família presente e a insistência em mantê-lo na luz, ele finalmente teve alta e retornou para o nosso lar. Foram dias que não desejo a ninguém...



Depois que retornou para casa, o pequeno ficou extremamente inseguro. O único lugar que ele ficava calmo era no meu colo e de preferência no meu peito. Eram horas ele "pendurado".
Papai também ficou mais calmo com o retorno da família para casa e para acalmar o coração da mamãe aqui, deu esse lindo presente...


Os dias foram passando e ele foi finalmente estabelecendo uma mínima rotina. De dia, acordado e a noite, chorando. Mamadas, banhos, choros, manhas... e um festival de troca de roupas...

Com tudo isso que ele passou e todo o estresse vivido por um ser tão novo ainda nessa vida, meu pequeno perdeu peso... um horror... perdeu além do que seria aceitável para um bebê da idade dele. O meu peito talvez já não estava sendo suficiente, devido a todo o meu estresse também. A pediatra sugeriu que eu complementasse com leite artificial... isso foi outro terror para mim, que não queria que ele trocasse o peito pela mamadeira. Foram poucos dias complementando e resolvi voltar para peito exclusivo, ainda que tenha que fazer isso o dia inteiro... quando ele não está mamando, estou ordenhando...


Bom, esse é um pouquinho da história do nosso pequeno príncipe. Um menino amado, uma mãe apaixonada, aprendendo a viver nessa nova vida e um pai mais que presente, totalmente envolvido com o filho.

Obrigada a todos que de alguma forma tem nos ajudado nessa difícil e maravilhosa tarefa!!!